Justina e as crianças mal entendidas
Justina e as crianças mal-entendidas Era uma vez uma juíza com um nome predestinado, chamava-se Justina. Já não era nova, nem era muito velha, embora de longe, à custa de enérgicas caminhadas e de muitos cremes, mantivesse um corpo e um rosto de jovem. Com os anos, Justina ficava cada vez mais pensativa e e cada vez mais preferia ouvir cada vez mais as pessoas em vez de sentenciar e julgar. Ao longo dos anos, as suas diligências demoravam cada vez mais e sabia que tinha ganho fama de ser vagarosa. Mas também era do seu gabinete que as pessoas saiam menos tristes e um pouco menos zangadas e por isso Justina sentia-se cada vez mais útil. Nos últimos anos, Justina estava a trabalhar num Tribunal de Família e Menores. Era ainda assim que se designava tal como quando tinha sido criado, há mais de meia século num tempo em que a família, tal como tinham vivido os seus pais, prevalecia enquanto valor sobre os tais menores. Era de família porque naquela época só era reconhecido